FNCJ divulga programação do XVII Congresso Brasileiro dos Assessores de Comunicação do Sistema de Justiça
O Fórum Nacional de Comunicação e Justiça (FNCJ) divulga a programação do XVII Congresso Brasileiro dos Assessores de Comunicação do Sistema de Justiça. O evento ocorre entre os dias 8 e 10 de novembro, na sede do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), localizada na avenida Almirante Barroso, em Belém. O Conbrascom tem apoio do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (AM/PA) e do TJPA.
A programação inclui palestras e painéis com a presença de profissionais renomados e referências nacionais nas áreas da comunicação e do poder judiciário (ver programação palestra e perfil dos palestrantes no final do texto). O evento abre na quarta-feira (8) com uma palestra “A comunicação como instrumento de transformação e defesa das instituições”, com a jornalista paraense Cristina Serra. "Pretendo levar uma reflexão sobre a importância da comunicação para o fortalecimento da democracia no Brasil, e, em especial, sobre o papel da comunicação feita por uma instituição como o judiciário, que precisa estar próximo do cidadão", adiantou Cristina.
As discussões continuam na quinta (09) e sexta (10). Uma das mesas tem como tema: "Debate Oito de janeiro e o trabalho da comunicação das instituições", com mediação das jornalistas Grazielle Albuquerque e Juliana Dal Piva.
Grazielle contextualiza que o assunto faz referência ao ataque antidemocrático que atingiu o Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro deste ano. “Ainda estamos vivendo os efeitos do 8 de janeiro. Os memes sobre ‘O Pequeno Príncipe de Maquiavel’ são a faceta debochada de uma questão central na democracia brasileira, que é a relação entre a justiça e a opinião pública. Esse parece um fenômeno de agora mas, embora ele tenha explodido nos últimos anos, na verdade é um processo antigo. Eu vou abordar a gênese desse processo. (...) Entender esse caminho nos ajuda a explicar o dilema atual e também aponta um modelo de análise para pensar como e por que um poder sem votos se relaciona com a sociedade”, adianta a jornalista.
Em dobradinha com Grazielle, Juliana Dal Piva traz o desafio de como se comunicar em momentos de crise, como foi o dia 8 de janeiro. “O Brasil viveu e ainda vive um momento muito difícil e as instituições de Estado precisaram defender a democracia. Para isso, contaram com o jornalismo profissional nos últimos anos. Precisamos pensar em como melhorar esse ambiente”, diz.
Na tarde de quinta (09), haverá ainda dois painéis. A jornalistas Fabiana Moraes e a advogada Thuane Nascimento debatem justiça climática, racismo ambiental e comunicação popular no painel “A pauta é uma arma de combate”. Em seguida, começa o debate sobre o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 16, que fala sobre paz e justiça, com os jornalistas Patrícia Marins e Fábio Castro. Neste dia, haverá um coquetel de lançamento de livros, patrocinado pela Migalhas.
Já na sexta-feira (dia 10) haverá reuniões setoriais de cada órgão do sistema de justiça e o encerramento do evento com o tema "O Acesso à Justiça e os caminhos da comunicação", retratado pelo jornalista e especialista na cobertura do Poder Judiciário, Rodrigo Haidar.
O grande dia de encerramento é marcado pela solenidade de entrega do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça, que comemora 20 edições. O prêmio, considerado o Oscar das práticas do sistema de justiça, tem como objetivo reconhecer as ações voltadas ao desenvolvimento da cidadania e à inclusão social de autoria das assessorias de comunicação social dos órgãos ligados ao Sistema de Justiça (Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Ordem dos Advogados do Brasil), tribunais de contas e instituições afins).
Serão conhecidos os vencedores nas categorias de artigo acadêmico; comunicação interna; fotografia; mídia audiovisual; mídia digital; mídia radiofônica; mídia social; projeto/campanha institucional de interesse público; publicação impressa especial; relacionamento com a mídia; reportagem escrita; vídeo institucional; e Grande Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça. A festa acontece no Restô do Porto, restrita aos participantes inscritos.
Confira a programação completa:
08/11
18h – Credenciamento
19h – Mesa de abertura
20h – Palestra de abertura: “A comunicação como instrumento de transformação e defesa das instituições”, com Cristina Serra
09/11
9h – Painel: "Debate Oito de janeiro e o trabalho da comunicação das instituições", com Grazielle Albuquerque e Juliana Dal Piva
10h30 – Intervalo
11h – Painel: "Debate Paz, justiça e instituições eficazes: como alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 16", com Patrícia Marins e Fábio Castro
12h30 – Intervalo
14h – Votação e mostra de cases
Comunicação Interna
Fotografia
Mídia Audiovisual
Mídia Digital
Mídia Radiofônica
15h – Intervalo
15h30 – Votação e mostra de cases
Mídia Social
Projeto/Campanha Institucional de Interesse Público
Publicação Impressa Especial
Relacionamento com a Mídia
Reportagem Escrita
Vídeo Institucional
17h30 – Painel: "Amazônia: a pauta é uma arma de combate", com Fabiana Moraes da Silva e Thuane Rodrigues Nascimento
19h – Coquetel de lançamento de livros
10/11
9h – Reuniões setoriais
12h – Intervalo
14h – Palestra de encerramento: "O acesso à justiça e os caminhos da comunicação", com Rodrigo Haidar
15h30 – Intervalo
16h – Plenária
20h – Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça
Conheça os palestrantes:
Cristina Serra é paraense e jornalista com mais de 40 anos de carreira. Com trajetória marcada pela luta em defesa dos direitos humanos, é autora do livro “Tragédia em Mariana – A história do maior desastre ambiental do Brasil”.
Grazielle Albuquerque é jornalista especializada em política e justiça. É colunista do Le Monde Diplomatique Brasil e está lançando o livro “Da lei aos desejos: o agendamento estratégico do STF”.
Patrícia Marins lidera iniciativas que promovem diversidade, ética e transparência na comunicação. Com mais de 20 anos de carreira, é especialista em posicionamento de imagem, gerenciamento de crise e relações públicas.
Juliana Dal Piva é colunista e repórter investigativa do UOL. Uma das principais vozes do jornalismo brasileiro, é autora do livro “O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro”.
Fabiana Moraes é recifense e premiada jornalista com pesquisas na área de mídia, imprensa, poder, raça, hierarquização social, imagem e arte. Atualmente, é colunista do The Intercept Brasil.
Formada em direito, Thuane Nascimento é diretora-executiva da PerifaConnection. Palestrante sobre as questões de raça e periferia, justiça climática, racismo ambiental e comunicação popular. Teve sua trajetória de ativismo como inspiração para a novela “Vai na Fé”.
Fábio Castro é professor da Universidade Federal do Pará, atuando no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos e no PPG Comunicação, Cultura e Amazônia.
Rodrigo Haidar é jornalista há 20 anos e especialista na cobertura do Poder Judiciário. Atualmente, apresenta o programa "Pensa Brasil", na Band News.