Aula magna sobre comunicação pública e democracia digital no pós-covid abre Seminário On-line de Comunicação E Justiça nesta quinta, 15
Mais de cem profissionais de comunicação das assessorias de imprensa das instituições que compõem o Sistema de Justiça e associações de todo o país participaram na tarde desta quinta-feira, 15, do primeiro dia do Seminário On-line de Comunicação e Justiça. A edição especial substitui o tradicional Congresso Nacional de Comunicação e Justiça - o Conbrascom, que é realizado todos os anos, mas neste precisou ser adiado para 2021 devido à pandemia do novo Coronavírus.
Na abertura, o presidente do Fórum Nacional de Comunicação e Justiça – FNCJ, Luciano Andrade, falou da importância da realização do evento, mesmo que de forma virtual, para o fortalecimento dos laços entre as Assessorias de Comunicação do Sistema de Justiça e associações. Agradeceu o trabalho desenvolvido pelos membros do Fórum na realização do evento e, ainda, destacou a importância do trabalho de cada profissional da comunicação como fonte da promoção do conhecimento sobre a democracia e garantia de direitos no país.
“No infinito oceano da vida humana, para livre navegar, é preciso seguir certas regras, conquistar consensos, fazer aliados, adquirir confiança e consagrar cumplicidade. Obrigado a todos vocês. Que o nosso seminário traga insights magníficos e germine em terrenos tão férteis para produção de nossos ideais de fazer uma comunicação transparente e acessível no Sistema de Justiça”, disse o presidente.
Comunicação pública e democracia digital no pós-covid
Os desafios ao ‘fazer’ “Comunicação pública e democracia digital no pós-covid” no Brasil foram os principais questionamentos levantados pela professora Maria Helena Weber, que é doutora em Comunicação e Cultura, mestre em Sociologia, professora e orientadora no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e coordenadora do Observatório da Comunicação Pública – OBCOM, da UFRGS, durante A aula magna que abriu o Seminário nesta quinta, 15.
“É preciso que a gente analise as qualidades e impasses da comunicação pública no Brasil – antes e pós-pandemia. Escolhemos uma profissão que tem papel fundamental na sociedade e com esse poder também temos a responsabilidade de promover o conhecimento e a defesa da democracia”, pontuou Helena.
Maria Helena explanou que a comunicação pública e a tecnologia são aliadas da democracia no país, mas pontuou que a pandemia escancarou as discussões sobre o que é verdade em tempos de Fake News. A professora destacou ainda que há um desmonte sobre a credibilidade do que será o futuro diante da desqualificação a qual estão sendo submetidas as instituições, a imprensa e a própria política.
“Tudo isso nos amedronta. São situações que causam insegurança pela possibilidade da gente perder a democracia. E eu questiono, como traduzir a importância da instituição, a qual estamos vinculados, a democracia?”,
Após levantar questionamentos sobre os impactos que a tecnologia tem refletido sobre a comunicação pública, Helena enfatizou os principais caminhos que devem ser traçados pelas instituições.
“A comunicação pública vai além da comunicação institucional. Ela deve estar amparada na forma de qualificar a opinião pública – em todas as áreas, seja na saúde, educação, dentre outras. São temas relacionados a sobrevivência da sociedade. É para isso que os meios digitais servem. Para facilitar todos os meios de comunicação e possibilitar de forma ampla o conhecimento” concluiu.
A aula magna foi mediada pela vice-presidente do FNCJ, Aline Castro, que ao final pontuou comentários e dúvidas dos participantes a palestrante. Na sequência, a coordenadora do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça e diretora Financeira do FNCJ, Cecília Abbati, apresentou os vídeos dos projetos finalistas nas categorias: Mídia Impressa, Mídia Digital, Mídia Radiofônica, Mídia Social, Publicação Especial, Fotografia, Grande Reportagem e Programa de TV.